COMENTÁRIOS

“Ao olhar para o conjunto dessa já vasta obra, é possível perceber um sólido projeto literário —temas e ambientação retornam, criando uma espécie de constelação em diálogo, em que o escritor dá asa solta à imaginação. Um personagem pode saltar das páginas do livro que o abriga.”

Stefania Chiarelli, O Globo, sobre HOMEM DE PAPEL

[Em HOMEM DE PAPEL,]“João Almino aciona com maestria muitas notas do cômico”
Hélio Guimarães, Universidade de São Paulo (USP)

“Uma lição de literatura: surpreendente e inteligente, remetendo ao passado sem perder a atração pelo presente, denunciando e do mesmo passo contemplando. E irónico, claro, divertidamente irónico.”
Abel Barros Baptista, Universidade Nova de Lisboa, sobre HOMEM DE PAPEL

“João Almino nos brinda com o seu oitavo romance, com o qual acrescenta um ponto importante ao conjunto de sua obra – uma obra, diga-se, vigorosa e rigorosa, de intensa leveza narrativa, e que inclui o ensaio literário e escritos de história e filosofia. Se no seu romance anterior, Entre facas, algodão, ele se fez o continuador da prosa realista, enxuta, metonímica de Graciliano Ramos, do mundo de casas repartidas dos meninos de engenho de José Lins do Rego, e até da poesia descarnada de João Cabral de Melo Neto, agora, com a pena da galhofa, tintas alegóricas, por vezes melancólicas, em outras utópicas e distópicas, João Almino resgata um personagem de Machado de Assis, e o enfia nas farsas e tragédias desse nosso tempo. Que ideia! Que estilo! Quanta arte e manha! Leio-o e releio ao mesmo tempo, sorvendo, deglutindo, absorvendo linha por linha, na maior empolgação.”
Antônio Torres, escritor, sobre HOMEM DE PAPEL

“Para resgatar uma parte da obra de Machado de Assis, o autor João Almino, também muito importante para a literatura brasileira, resgata o clássico personagem-narrador conselheiro Aires para transportá-lo ao século XXI. [HOMEM DE PAPEL] se torna responsável por trazer a essência de Machado de Assis para o mundo moderno, resgatando o seu humor sarcástico em uma narrativa intrigante e inteligente.”
Rafaela Bertolini, Vitrine, Cultura, UOL

“O melhor livro de João Almino… Almino faz com que seja verossímil que Aires saia do livro e circule por Brasília… Logo no início de Memorial, Machado escreveu que a publicação estava “desbastada e estreita” e indicou: “O resto aparecerá um dia, se aparecer algum dia”. Graças ao poder da literatura de inventar uma nova realidade, é como se Almino tivesse dado continuidade ao Memorial.”

Paula Sperb, Quatro Cinco Um, sobre HOMEM DE PAPEL.

“O melhor do livro é esse jogo, uma espécie de ´mise en abyme´, um romance dentro do romance, o que é muito engenhoso e divertido. Há também um ´trompe-l´oeil´ literãrio que brinca com a própria narração… Almino utiliza com muita graça o jargão de todas as categorias sociais, bem como os mais varidos registros linguísticos como profundo conhecedor da língua portuguesa que é.”

Vera Lúcia de Oliveira, Correio Braziliense, sobre HOMEM DE PAPEL.

“Ainda que o leitor nunca tenha lido Machado de Assis, Homem de papel flui machadianamente do mesmo jeito. O livro é escrito com um tipo de humor também machadiano, irônico e cortante, assim como a escrita é muito próxima deste autor, direta mas carregada de surpresas.

“Muita inspiração, humor fantástico e fabulação literária.

“Almino usa a ironia como estilo literário e motor do enredo. O recurso está na construção dos personagens, nas cenas, nos diálogos, no pensamento enroscado nele mesmo. Nada escapa ao olhar relativista e pessimista do livro-narrador, capaz de radicalizar a ironia até tudo se tornar ridículo ou fantástico…

“Tal como em Machado, o humor reflete uma compreensão filosófica do mundo que ilumina a dimensão comezinha da qual nenhum humano escapa e que induz a cálculos e ações equivocadas. Todos estão perdidos e a vida talvez não faça sentido algum. Mas não se engane, o narrador é um dissimulador profissional. Muita galhofa e escárnio são usados para denunciar, mas sempre reduzindo os riscos de cair nos extremos. Nada de posicionamentos definitivos ou absolutos sobre os fatos, especialmente se capazes de descartar definitivamente a esperança.”

Ana Cristina Braga Martes, RASCUNHO, sobre HOMEM DE PAPEL.

“Machado visita Almino em romance de gênio.
Homem de papel traz o último protagonista do maior romancista brasileiro, com sua sutileza explícita, a fúria de Barreto e um toque de Rabelais, para coroar grande feito de nossa ficção
Uma obra-prima da literatura é uma peça muito rara, muito especial, de altíssima qualidade.

“Adestrado e bem-sucedido na saga homérica de voltar a Ítaca no romance anterior, o também magnífico (desde o título fidelíssimo) Entre Facas, Algodão, sobre o tema ancestral da volta ao pago sagrado, [João Almino] mostra no mais recente sua intimidade absurda com a ironia refinada do criador de Aires. Ao qual acrescentou a crítica amarga e arrebatada de Lima Barreto, inspirador secreto de seu primor machadiano. Policarpo Quaresma passeia pelas páginas de Homem de Papel em cenas antológicas.

“Saiba o leitor, que navega entre monstros e sereias, como o herói helênico depois da invasão de Troia por um cavalo de pau, que estes comentários irreverentes aqui expostos decorrem apenas de uma das muitas leituras da obra comentada. Essa parte da intromissão de um homem de papel na ficção brasileira com verve e delicadeza, dão-lhe todos os méritos para subir ao altar elevado do ciclo que a inspirou, como mais um produto do engenho do qual herdou o que de melhor nele há.”
José Nêumanne Pinto, jornalista, poeta e escritor, Blog da Estação

“O que torna a narrativa [de Entre facas, algodão] especial e confirma uma dicção única é a criação do espaço por onde evolui a narrativa, os lugares por onde se movem os personagens, a geografia que entranha nas relações.”
Beatriz Resende, Ilustrada, Folha de S. Paulo

“Que Almino continue nos surpreendendo com novos romances, que lance outras obras tão fabulosas como esta mais recente [Entre facas, algodão].”
Igor Zahir, Revista Bravo!

“Talvez mais do que seus aclamados romances anteriores, este livro de João Almino [Entre facas, algodão], sua obra-prima até agora, se inscreve vigorosamente no momento que a história do romance atravessa nestes inícios do século 21.”
Hans Gumbrecht, Universidade de Stanford

“Este fundo emocional, temperado pela linguagem direta, pelo poder literário da oralidade, recriada com uma tranquila nitidez, dá ao romance de João Almino [Entre facas, algodão] a sua marca estilística, de intensa leveza narrativa — a dádiva do texto que, pela empatia, nos prende da primeira à última página.”
Cristovão Tezza. escritor, autor de “O filho eterno” e outras obras de ficção.

“João Almino deu um adeus a Brasília, um simpático aceno de mão após escrever seis romances nos quais a capital figurava entre os protagonistas… É, no entanto, de Brasília que o personagem parte… A memória, João Almino ensina, não é uma só, fechada e acabada. É um processo em construção, com finais abertos, mesmo quando enfrenta a tentativa de ser apagada. O escritor tratou disso em livros como Cidade livre e As cinco estações do amor. E volta ao tema neste novo romance [Entre facas, algodão].”
Nahima Maciel, Correio Braziliense

“Que trama bem urdida. Que personagens bem delineados. Que domínio de linguagem e estilo. Que texto atraente, que fisga o leitor da primeira à última linha.”
Antônio Torres, escritor, sobre “Entre facas, algodão”

“Entre os romancistas brasileiros da atualidade, João Almino já conquistou a condição de clássico. A longa ficção estampada por Almino em livros como Cidade Livre e Entre Facas, Algodão destaca-se pela contenção da linguagem, a exuberância do estilo e o recurso da verossimilhança. A permanência da sua obra na história da nossa Literatura é para mim indiscutível. Como crítico literário, sempre recomendo com prazer a leitura dos seus livros.”

Dimas Macedo, escritor e membro da Academia Cearense de Letras.

“Neste novo romance de João Almino, “Entre facas, algodão”, as três dimensões da vida – espaço, tempo e família -, se interpenetram numa linguagem fascinante. Há mistérios, tragédias e amores. Há um ritmo que seduz desde as primeiras linhas. Há as contradições da condição humana. Arte de alto nível! Recomendo muitíssimo.”
Stella Maris Rezende, escritora.

“Seus livros são profundos, belos, bem escritos… Em seu novo romance, “Entre facas, algodão” (Record), João Almino acerta mais uma vez em cheio.”
Clara Arreguy, escritora.

“João Almino, mestre da literatura brasiliense e brasileira, traz no DNA a escritura dos grandes autores nordestinos. Quem sai aos seus não degenera, diz o ditado. Nesse romance, temos um continuador, no melhor dos sentidos, da prosa realista, enxuta e metonímica de Graciliano Ramos, do mundo de casas repartidas dos meninos de engenho de José Lins do Rego, e até da poesia descarnada de João Cabral de Melo Neto. Almino bebeu, com certeza, nessas fontes de águas límpidas e conseguiu criar a própria narrativa, singular. O engajamento de João Almino é moderno e contemporâneo. Sem a visão sociológica dos romancistas dos anos de 1930, sem a linguagem sensorial de um José Américo de Almeida, sem o idealismo romântico de Jorge Amado, sem militância política, Entre facas, algodão deixa de lado as utopias e se nutre apenas de um fio de esperança.”
Vera Lúcia de Oliveira, Caderno 3, Diário do Nordeste

“João Almino não gosta de se repetir. Com sete romances lançados, o escritor natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, vive uma eterna busca – do ponto de vista técnico e da arquitetura das narrativas – para estruturar mudanças nos textos.”
Isabel Costa, O Povo

“Um livro ao mesmo tempo melancólico e duro. De um lugar real.”
Francisco Carlos Palomares Martinho, USP, sobre “Entre facas, algodão”.

“Prosa fantástica, personagem interessantíssima, nas suas idiossincrasias, e ainda uma subtilíssima radiografia do Brasil atual, na sua (ir)resolução da dialéctica Casa Grande e Senzala, que se recria com inegáveis características diferentes e outras que parecem não passar nunca. Sem qualquer dúvida um dos melhores livros que li nos últimos tempos, até na sua aparência desprovida de qualquer pretensiosismo. Ser simples dá muito trabalho, como se percebe aqui.”
Ricardo Vasconcelos, Professor de Literatura, San Diego State University, sobre “Entre Facas, Algodão”

“Li Entre Facas, Algodão com prazer, achando difícil interromper a leitura a cada vez que as demandas da vida exigiam. Um livro , para mim, sobre a memória, com toda sua labilidade, falhas , lacunas, imprecisões e cargas emotivas. É um, talvez, como ler Santo Agostinho ou Maurice Halwachs falando desta mais que linda capacidade humana. A forma de diário, outra vez usada, redunda o próprio tema, assim como as dúvidas de seu narrador quanto a suas repetições.
Entre facas, algodão é também um livro sobre a gente que compõe esta cidade, pois o narrador é tão verossímil, pensei que poderia encontrá-lo no banco de um ônibus ou na fila do pão, na banca de revista.”
Elane Peixoto, UnB

“Leitura contínua, de um fôlego só, onde encontro um Brasil tão desigual! Suavidade e crueza; amor e erotismo nas lembranças do homem/menino que teima em recuperar o passado para entender o presente e deixa possibilidades para o futuro!
“entre facas, algodão” é um romance sucinto e veloz!”
Anna Rennack

“Um livro sobre o roubo da utopia, portanto sobre o nosso tempo. Mas também, ao fim, uma aposta alta e sonora no renascimento da esperança.”
Pedro Meira Monteiro, sobre Enigmas da Primavera

“Difícil imaginar conquista estética mais ousada para um autor consagrado”.
João Cezar de Castro Rocha, sobre Enigmas da Primavera

“Enigmas da Primavera”, novo romance de João Almino, é a primeira obra de peso, na literatura brasileira, a trazer para as páginas da ficção (e para a vivência subjetiva) os movimentos políticos dos últimos anos.”
Manuel da Costa Pinto, Folha de S. Paulo

“Como dar conta do presente, se nele estamos mergulhados? É desse projeto impossível que João Almino arranca o perturbador “Enigmas da primavera”, seu novo romance (Record)…Almino expõe como feridas, mas também como tônicos, perguntas que não sabemos responder. Perguntas, ou enigmas?
O romance se ergue sobre paradoxos insuportáveis: tolerância e intolerância, o impossível e o necessário, a utopia e o real.”
José Castello, O Globo.

“Se para conhecer a São Petersburgo do século XIX, é preciso ler Fiódor Dostoiévski (1821-1881), tal como para descobrir detalhes do Rio de Janeiro do final daquele século é fundamental percorrer os romances de Machado de Assis (1839-1908), daqui a cem anos, certamente, para saber como era (ou é) a cidade de Brasília (e o Brasil) deste começo de século XXI, será necessário ler Enigmas da Primavera”
Adelto Gonçalves, Caderno 3, Diário do Nordeste

“El indudable interés de la novela se acrecienta con la máxima actualidad de los conflictos abordados. Y entre sus aciertos formales hay que destacar el ludismo creativo de su narrador omnisciente, que reflexiona sobre su cometido en ingeniosos comentarios metanarrativos, con ironía y humor en sus observaciones sobre la historia relatada, recordando y anticipando cuanto le viene bien para su juego metafictivo. También resalta la destreza en el empleo del diálogo concebido como instrumento dialéctico en la confrontación de ideas y como medio para el desnudamiento de almas.”
Ángel Basanta, Presidente de la Asociación Española de Críticos Literarios, sobre Enigmas da Primavera.

Tal vez podamos hablar más ampliamente de ese libro que me gustó, que se lee con placer, pero cuyas frases quedan mucho tiempo flotando en la mente del lector, pues hace reflexionar, y mucho, sobre los tipos de realidad a la que nos enfrentamos nosotros, los hombres y mujeres de siglo XXI.
Enigmas de Primavera, un bello libro.
Antonio Maura, escritor y crítico literario español.

“A história, que ele queria, desde o princípio, que tivesse como ponto de partida uma certa desorientação do mundo atual, foi ganhando corpo. Enigmas da Primavera, lançado agora, aborda isso tudo e muito mais: família, amor, liberdade, responsabilidade, busca de identidade e de entendimento do mundo, rejeição, frustração e delírio.”
Maria Fernanda Rodrigues, O Estado de S. Paulo

“Dono de uma prosa ligeira e ágil.”
Nahima Maciel, Correio Braziliense, sobre Enigmas da Primavera

“Além da escrita precisa e muito bonita o livro tem uma história maravilhosa. Trata-se de um personagem que, num mundo sem ideologias, busca uma causa, um horizonte utópico, quase sempre através da internet: o islã, o antiamericanismo, uma razão que o leve à rua. Sem se deixar cair em esquematismos, vê Brasília, Granada e Madri como partes de um mesmo universo. Tive um professor na Universidade que disse que “Deus está na palavra”. É o que o livro faz. Termina falando de palavras em busca de sentidos. Um novelo sem fim de uma novela. Um livro para ser lido.”
Francisco Carlos Palomanes Martinho, Professor Livre-Docente do Departamento de História da USP, sobre Enigmas da Primavera.

“Uma narrativa absolutamente pós-moderna na forma e no espírito da mensagem. Para o historiador do futuro, mina de pistas para compreender o caos de nosso tempo.”
Alfredo Bosi, crítico literário e Professor Emérito da USP.

“Não é sempre que aparece um romance maduro, feito para durar, com atributos de clássico. Se as qualidades de um clássico são determinadas, entre outras coisas, pelo uso da linguagem, pela economia de meios e pela capacidade de espelhar a alma humana ou de reproduzir ou imaginar um construto social convincente, então talvez tenhamos em Cidade livre, de João Almino, um clássico no horizonte do possível.”
Eustáquio Gomes – Caderno Ideias, Jornal do Brasil

“Uma das principais virtudes da ficção literária é conseguir saltar as barreiras que a separam da história oficial. Isso acontece somente com as obras-primas e os grandes escritores. O diplomata João Almino, em seu quinto livro de paisagens brasilienses, escreve uma narrativa que alia a pesquisa histórica à imaginação de um ficcionista delicado, que caminha com segurança entre fato e invenção. Trata-se de Cidade livre.”
-Correio Braziliense

“Se, como até aqui João Almino ocupou o posto de ‘romancista de Brasília’, ou como diz Silviano Santiago, o mais completo ‘autor’ de Brasília, o imponente título que pode, talvez, soar por vezes pesado, o leva para o decisivo espaço de narradores de cidades, e o coloca em confronto com algum de nossos mais importantes escritores, especialmente os narradores que se ocuparam da antiga capital, do Rio de Janeiro.
… Está traçada a estratégia literária que vai conduzir a narrativa neste que, a meu ver, é o mais sofisticado dos romances de João Almino.
Com o vasto tecido que é a linguagem, vai sendo costurado o relato da criação de Brasília… A narrativa vai seguindo pelo avesso costurado. Pontos precisos, medidos, planejados, previstos. E os restos crescendo no entorno.”
Beatriz Resende

“Cidade Livre impressiona… Reafirma João Almino como romancista de Brasília, mas ele é bem mais… Ficção envolvente sobre história viva. O leitor, progressivamente seduzido, acaba tragado pela engenhosa armadilha urdida pelo pseudocronista da capital”
Ronaldo Costa Couto, Ilustrada, Folha de S. Paulo

Esse novo e extraordinário romance de João Almino redefine a nação brasileira como algo que esteve para ser inventado pelos homens… São as vozes migrantes que o ouvido afinado de João Almino vem surpreendendo. Capta-as com a sua implacável kodak romanesca… João Almino mói no áspero. Amor e amizade. Sexo e sensualidade. Desejo e violência. Daí o naipe de personagens, que tanto aponta para as transformações revolucionárias que deveriam ter sido quanto para as mutações comportamentais que estão sendo.”
– Silviano Santiago

“Quando o leitor cai em si, foi tragado: Brasília erigiu-se em microcosmo e metáfora do país, do universo, da existência, ou desse torvelinho vertiginoso que é a subjetividade.
– Walnice Nogueira Galvão

“Entre os melhores autores de nosso país. O Brasil está resumido em suas páginas, que são verdadeiramente antológicas.”
– Moacyr Scliar

“Ao ler João Almino e uns poucos outros sinto que a literatura brasileira continua viva e efervescente, porque ele tem coisas a contar, fala do país e do homem brasileiro, tem estilo — estilo é o que falta a um mundo de autores; estilo é o que marca um escritor. Essa é a nova literatura brasileira.”
– Ignácio de Loyola Brandão

“Uma das vertentes que me fascinam no romance contemporaneo é a liberdade que ele pode se dar na mistura de gêneros. João Almino está fazendo isso com maestria. Em ‘Cidade Livre’, a solução do blog virtual que não chega a aparecer mas com o qual o narrador, mesmo assim, dialoga, é muito inteligente. E um revisor com o nome do autor acrescenta a isso outra camada muito provocadora e rica. Fica uma estrutura rigorosa e amarradinha em torno da qual tudo pode dançar. E dança bem… É empolgante a atmosfera da construção da cidade, tão bem recriada (fui lá duas vezes, nessa época), já guardando em si tanto do que eclodiria depois.”
– Ana Maria Machado

“Almino tem sempre incorporado com grande criatividade técnicas derivadas do universo audiovisual e digital, compondo um dos mais fecundos diálogos contemporâneos — e não me refiro apenas à literatura brasileira — acerca do lugar ou dos lugares da literatura e do literário.”
– João Cezar de Castro Rocha

“Os dois últimos parágrafos são simplesmente grandes. Grandes pelo que em si dizem, mas também pelo que dizem um ao outro: a fonte incerta que o cronista ávido visita e inventa (a vontade inspiradora de Sayão, o segredo paterno enterrado logo após o sacrifício de Valdivino, a genealogia torta e obscura do sonho de Brasília, de um Brasil que se apaixona por si mesmo, por assim dizer) e, no último parágrafo, essa espécie de devolução daquilo que o narrador viveu, na figuração do instante longínquo de um contador-cantador que anuncia a verdura de um futuro desejado, entrevisto no desejo do ar laranja que balança o signo do desejo, as saias da tia, de algo que é e não é familiar.
“Foi delicioso ler. E, por vício ou por ofício, pus-me a pensar nos diálogos estabelecidos com a tradição literária brasileira.
“O final me fez pensar na voz narrativa de Macunaíma, do Mário de Andrade que se entremostra naquele contador de causos que reconstrói a arca da memória porque “ouviu falar”… A diferença é que não há papagaio palrador na história candanga, embora o esforço de recomposição da história seja também a tentativa de escuta de uma voz teimosa e, no caso de Cidade Livre, jogada entre o pleno encantamento do futuro e a dureza que enfrentam os que resolvem dar forma a ele.

“E quanto ao J.A. que escreve, e que é auxiliado pelo impertinente revisor João Almino, bem… Aí não preciso nem dizer em que outro diplomata pensei! O da pena vadia, ninguém menos.
“É um lindo livro.”
– Pedro Meira Monteiro

A ideia da mistura se espalha pela narrativa de João Almino, que junta personagens reais a seres imaginários, acontecimentos históricos a sonhos antigos, fatos a ficções. A figura encoberta de Valdivino está no coração do romance, como um sinal dessas fundações que, em geral, preferimos esconder, ou esquecer – alicerces que a arquitetura modernista tratou de desenterrar e de expor.
– José Castello

O livro é deliciosamente bem escrito, com linguagem fluente e bem cuidada. O texto encanta pelo ritmo, oscilando da loquacidade às reticências, da voluptuosidade imagética à simplicidade narrativa.
A leitura, atraente no estilo, cativa também pelo enredo.
Mas a força do romance vai ainda além… João Almino, ao escrever, faz História. Ao fazer História, fermenta a ficção. Nesse vai-e-vem, nessa fronteira coleante, João Almino vai encontrando a alma de uma cidade nova, surgida quase que de um dia para o outro, e que encantou o mundo inteiro ao nascer.
– Gunter Axt

Não é um romance apenas, é um documento precioso que capta o mundo submerso da história recente de uma cidade, de um pais e de uma forma de vida profundamente ancorada nas tradições (talvez esquecidas) do Brasil.
– Kathrin Rosenfield

João Almino faz questão de preservar ambiguidades inerentes aos fluxos da vida, e entra nessas águas valendo-se de matérias e perspectivas diversificadas, tanto em sua elaboração formal como nos fatos relatados, ficcionais ou históricos. Quaisquer analogias entre eles conformam unidades (cambiantes) a recobrir matérias que são heterogêneas. Quando o narrador procura resgatar tais unidades pela memória, busca princípios de inteligibilidade para fatos e pessoas, mas os desenhos da vida representada ficcionalmente não deixam de destacar a heterogeneidade de suas facetas, mais claras ou obscuras, amplas ou restritas, conforme os ângulos ou a dimensão das “frestas”, que canalizam suas observações.
– Benjamin Abdala Junior

A pesquisa em arquivos é intensa. Não só os cadernos manuscritos deixados pelo pai, acompanhados de versões da tia Francisca e, menos, de tia Matilde, mas jornais, revistas e fotografias, ajudaram o narrador a fazer tão prodigioso restauro de uma época que ganha vida, surge do nada, levantada pela força dos objetos, das coisas, dos filmes que eram exibidos no cinema da Condessa, da moda, dos carros, dos móveis de pernas palito. Cores, cheiros, percepções de um mundo em movimento.
– Angélica Madeira

A relação do pai com o filho, do filho com as tias é magnífica. As personagens femininas são deslumbrantes. E é muito engraçada a veia metalingúística, com um tal de João Almino sempre pronto a cortar as asinhas do narrador. Belo romance.
– Geraldo Carneiro, poeta

Almino é um escritor que sabe, mesmo, apresentar em linhas e entrelinhas toda a viagem saborosa que o sexo pode ter, como fez em outras obras, e como realiza magistralmente em Cidade Livre.
Marcio Renato dos Santos, Rascunho

“Um notável ficcionista!”O livro das emoções” é exatamente isso, uma fonte de emoção literária como raramente se vê. E realmente o Brasil está em suas páginas.”
-Moacyr Scliar

“O Livro das Emoções explora uma vez mais a cidade, com sua fracassada utopia modernista… É uma visão existencialista – e muito original – de Brasília.”
– Revista Veja

“O escritor João Almino já nos deu provas afirmativas do seu talento como ensaísta perspicaz e narrador atento. Agora, ele retorna para o nosso convívio com o ‘Livro das Emoções’ — uma densidade bem administrada e uma narrativa vigorosa.”
-Eduardo Portella, Professor Titular Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Membro da Academia Brasileira de Letras e Diretor de Pesquisa do Colégio do Brasil.

“A presença de um rigoroso trabalho técnico de estrutura e de linguagem é transparente.”
-Heloísa Buarque de Hollanda, Caderno Idéias, Jornal do Brasil

“João Almino, fiel às nossas mais caras tradições literárias, mas sem deixar de ser moderno, reforça a posição que já alcançara com os dois livros anteriores: a de um dos melhores romancistas de suaO LIvro das Emoções, de João Almino geração.”
– Adelto Gonçalves, Jornal da Tarde.

“Este é um romance de intensidades, de encontros apaixonados, tanto para o narrador quanto para o leitor… A trajetória de João Almino como romancista parece exprimir, numa versão condensada, a história do romance durante o último século: tendo atravessado vários níveis de experimentação formal, tendo se engajado em múltiplas estratégias para provocar seus leitores de maneira produtiva, ele é agora uma poderosa presença no que poderíamos chamar “a veia existencialista” do gênero.”
– Hans Ulrich Gumbrecht – Albert Guérard Professor in Literature, Stanford University, membro da American Academy of Arts & Sciences

“Espero cada livro de João Almino com a certeza de que vou encontrar em suas páginas uma surpresa inteligente. E nunca diminuiu meu assombro. Ele é um narrador quase único, que sabe transmitir idéias profundas sem que estas tirem vida da substância das histórias que conta… Diferentemente da invasão de romances lineares e verborrágicos que ficaram na moda…, a narrativa de João Almino avança com grande velocidade dando saltos na ação. Não preenche páginas por preenchê-las. Não fala demais. Não se detém onde não é necessário e nunca é previsível.”
– Alberto Ruy-Sanchez, escritor

“…Almino vislumbra na ficcionalidade uma forma especial de pensamento… O romance de Almino propõe assim a verdadeira força da experiência literária: literatura é pensamento em ação; literatura é filosofia que não pára de pensar.”
– João Cezar de Castro-Rocha, Crítico literário e Professor de Literatura da UERJ

“Li com enorme prazer, como se estivesse num filme de Almodóvar”
– Luciana Stegagno Picchio , Crítica literária e Professora de Literatura

“O deslizante jogo de engodos, que esta narrativa empreende, enfeitiça e leva o leitor pelo nariz.”
-Walnice Nogueira Galvão

“”Como é habitar a pós-utopia? Em seu brilhante romance, que faz pensar, João Almino capta as contradições da vida cotidiana em Brasília… É neste cenário –– belamente retratado em As Cinco Estações do Amor –– que Ana, a heroína vibrante de Almino, e seu surpreendente círculo de amigos aprendem o que é a identidade –– e o que ela pode ser.””
– Marjorie Perloff, autora de The Vienna Paradox e The Futurist Moment e Professora Emérita de Literatura Comparada na Universidade de Stanford

“O modo da narrativa é o de um travelling envolvente que se deixa arrastar por várias personagens e situações, muito diferentes entre si, nas quais ressalta a habilidade de João Almino para a confecção de biografias, como certa vez destacou João Lafetá, ou de instantâneos biográficos, como talvez se pudesse dizer, tendo em vista a analogia com as fotografias que ordenam a narrativa. Ressalta, também, a sua capacidade de manter o fio narrativo bem seguro em meio à variedade de registros produzidos pelo narrador. … Aproveitando a deixa do próprio narrador, imagino chamar de voyeurismo cego a esse modo narrativo, finamente explorado nesta quarta parte do romance brasiliense de João Almino.”
– Alcir Pécora, Professor de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

“Afirmar que esse livro representa a maturidade ficcional de João Almino é muito pouco. No entanto, se alguém dissesse que através de “O livro das emoções” o autor atinge a sua decantação de linguagem, a observação traduziria de fato o que a obra traz de novo. Aqui o estilo dos romances de João não sofre qualquer desfiguração, mas apenas o aprimoramento de um escritor que conhece seu ritmo, feito de branda loquacidade nas descrições e de muitas reticências na pontuação de sua veia melancólica.
-João Gilberto Noll, escritor.

“Num trabalho ao mesmo tempo de grande concentração e vasta abrangência, João Almino tem produzido um retrato múltiplo, vividamente detalhado e de ressonância histórica”.
-Michael Palmer, poeta, autor de Company of Moths

“O romance de João Almino é uma canção de amor à vida…Com destreza e paixão, Almino exprime a promessa momentosa de amizade profunda entre homens e mulheres.”
– Mary Louise Pratt, Professora de Literatura Comparada, New York University

“…este romance que são muitos romances, este romance que fala de amor e suas distintas estações, da amizade e suas cumplicidades, mas que é também um romance político – tanto no sentido de que “o pessoal é político”, como no modo em que fala sutilmente, sobriamente, de etapas de repressão e silenciamento, de medo e desaparecimentos.”
– Sandra Lorenzano, Profesora de Literatura y crítica literária argentina

“É um estilo necessário na atual ficção brasileira.”
– João Gilberto Noll

“Se o rock de Brasília foi obra de uma geração, a ficção de Brasília é obra de um homem só: o escritor João Almino.”
– Carlos Graieb, na revista Veja

“A literatura de João Almino é contemporânea: sem ilusões, impiedoso com as utopias e os sonhos fáceis… A Brasília de Almino não é só uma cidade moderna, mas uma metáfora do mundo moderno.”
– José Castello, Estado de S. Paulo

“Um grande narrador e um estilista primoroso… Um texto destinado a ficar. Inteligente, mordaz e lírico…”
– Haquira Osakabe, no Caderno Mais!, Folha de S. Paulo

“João Almino revela seu domínio da arte narrativa no fino humor e ironia que perpassam sua requintada prosa-poética.”
– Jorge Schwartz

“Um herdeiro de Machado de Assis e Lima Barreto… um escritor senhor de seu ofício.”
– Márcio Souza

“Sua prosa é clara e elegante.”
– Revista Veja

“Considerado um dos autores mais brilhantes de sua geração…”
-Folha de S. Paulo

“A capacidade de criar ‘biografias’ é admirável em João Almino… as personagens têm força, vivem suas vidas, movimentam-se dentro de mundos delineados com verossimilhança, convicção e bom estilo…”
– João Luiz Lafetá, Folha de S. Paulo

“Uma voz original no romance contemporâneo, sua narrativa é envolvente, muito bem humorada e faz pensar.”
– Ana Maria Machado

“Almino introduz formas literárias surpreendentes e temas existenciais que brotam da condição urbana do homem moderno.”
– Barbara Freitag

“Um livro divertido, malicioso, criativo, cheio de bossas formais e de juventude intelectual. Enfim, um romance contemporâneo.”
-Ledo Ivo

“A cultura brasileira é repassada com inteligência e sensibilidade por João Almino, numa síntese e numa apropriação feliz de Machado de Assis e Oswald de Andrade…”
– Regis Bonvicino, Jornal do Brasil

“João Almino é simultaneamente o grande narrador que já nos deu demonstrações da sua capacidade de criar e um politicólogo, alguém que reflete o tempo todo sobre o Brasil, tanto na sua narração quanto no seu ensaio político.”
– Eduardo Portella

“Retornar à casa também não como fuga do presente, nem como nostalgia de uma infância e passado idealizados, perdidos, como gesto de memória depois da vida vivida, mas como gesto de construção, mais do que de reconstrução, mais do que um lugar, uma possibilidade de encontro. Voltar para uma casa, onde se possa novamente pertencer. Não tanto a literatura da casa-grande, da casa patriarcal, arcaica, mas a frágil casa do presente, mas ainda possível. Construir uma casa afetiva, uma família conquistada. A este desafio é que As Cinco Estações do Amor de João Almino se lança, em que a própria escrita é uma casa espiritual nova, um abrigo.”
– Denilson Lopes, Pensar, Correio Braziliense.

“Este é um romance fascinante, sábio e pleno de informação, e ninguém interessado no Brasil contemporâneo deveria deixar de lê-lo.”
– David Beaty, escritor

“Às vezes reminiscente do realismo psicológico de Graciliano Ramos, enquanto ocasionalmente ecoa personagens de Clarice Lispector que atravessam preciosos e dolorosos momentos de epifania, ‘As Cinco Estações do Amor’ de João Almino retrata corajosamente o tropo físico embora imaginário de Brasília como lugar de trans-formação… Este é um romance que de maneira convincente e tocante ilustra a teoria do ‘trans’ em formação.”
– Dr. Steven F. Butterman, Diretor, Programa de Português, Departmento de Línguas e Literaturas Modernas, Universidade de Miami

“Poucos autores são capazes de traduzir os anseios e os desejos femininos com precisão. João Almino soube usar sua pena com maestria.”
– Darlene Menconi, IstoÉ

“O escritor retoma… algumas de suas obsessões: a passagem inexorável do tempo, a tensa relação humana, a reconstrução da memória individual (que é também coletiva)… Contrariando certa corrente da literatura contemporânea que se limita a descrever situações, Almino pertence à estirpe daqueles autores que expõem e examinam os estados de alma dos personagens, amplificando as possibilidades de apreensão e reflexão sobre o fato narrado.”
– Luiz Ruffato, Guia da Folha

“Autor de vários romances ambientados em Brasília, em Samba Enredo João Almino introduziu de modo pioneiro a linguagem da internet nas páginas da ficção – mostrando como a cidade que simboliza as utopias e os fracassos do Brasil também pode estar na vanguarda da literatura.”
– Manuel da Costa Pinto

“Não há dúvida, portanto, que por trás da fantasia e do humor, esconde-se um arguto romance de idéias…Servindo-se de um humor afiado e elaborando uma sátira contundente, João Almino retoma e renova o melhor da linha carnavalizante da literatura brasileira, que se estende de Gregório de Matos a Márcio Souza, passando por Manuel Antônio de Almeida e Oswald de Andrade. Estamos diante de um escritor que combina um habilidoso domínio da técnica narrativa e uma grande agilidade no uso da linguagem com uma profunda preocupação com os descompassos do Brasil contemporâneo.”
– Luiz F. Valente, Brown University, Chásqui: Journal of Latin American Literature (sobre Samba-Enredo).

“Almino mergulha com intensidade no universo feminino, e o faz com tamanha fluidez que seus leitores (e leitoras, claro) devem se perguntar como entende tão bem a alma de uma mulher, transitando com naturalidade pelas angústias e questionamentos de sua protagonista.”
– Claudia Barcellos, Eu&/Cultura, Valor.

“Sem arroubos, a literatura de Almino é feita de inteligência e argúcia, apurada. Por isso as demoras: biscoito fino leva mais tempo para ser feito.”
– Paulo Paniago, Pensar, Correio Braziliense.

“On ne résiste pas au plaisir de ce récit virtuose, sensible, plein d´humour.”
Alain Nicolas, L’Humanité

“C’est magnifique, et c’est un immense livre que celui de João Almino.”
Christophe Passer, L’Hebdo

“Il y a dans cette double mise en abyme une facetie chère à la literature brésilienne contemporaine qui produit un effet de reel ensorcelant. Fiction, document, epopée, Hôtel Brasilia eclaire la geste héroique et technique des bâtisseurs de la nouvelle capital brésilienne.”
Sébastien Lapaque, Le Figaro

“Aux architectures futuristes, aux avenues tirées au cordeau, aux statues d’airain aux différents Commandeurs, il oppose ainsi les petits riens, les rires, les pleurs, les passions, le futile et l’éphémère, la gravité et le burlesque du quotidien, résumant parfois le tout sous forme d’air ou de chanson à la mode. Une bossa forcément lancinante, langoureuse, mélancolique. »
Dominique Aussenac, Le matricule des anges

« Il a reconstitué dans une ambiance magique la grande aventure de Brasilia »
Edouard Bailby, Livres, Espaces Latinos


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